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O tratamento de água para diferentes setores é um recurso que vem ganhando cada vez mais destaque, interesse e incentivos, tanto em centros urbanos como rurais. Dentre os estabelecimentos comerciais onde o reúso de água foi adotado, destacam-se dois: os postos de gasolina e os lava-rápidos.
Isso ocorre porque os resultados obtidos com o reúso da água são comprovadamente positivos e vantajosos para empresários e agricultores de todos os portes. A água usada nesses estabelecimentos não precisa ser classificada como potável, apenas ter boa qualidade e estar livre de resíduos que possam comprometer a estética ou mecânica dos veículos ou a saúde dos funcionários responsáveis pelo serviço.
Em tempos de aquecimento global e de escassez de água doce para o consumo da população, o reúso de água é o caminho mais recomendável, inteligente, econômico e, claro, ecologicamente correto. Além disso, empresas que demonstram interesse, ideias e soluções sustentáveis como alternativas para minimizar os impactos de suas ações são vistas com bons olhos por seus consumidores e tendem a se destacar no mercado.
Mas, afinal, como o tratamento e reúso de água acontece nos postos de gasolinas e lava-rápidos? Quais seus reais impactos no dia a dia desses estabelecimentos? Como implementar tais medidas e conseguir bons resultados? Vamos descobrir!
Hoje em dia, a preservação ambiental é um tema de alta relevância. Além disso, é necessário dar mais atenção e visibilidade a medidas que venham minimizar quaisquer impactos negativos com relação aos recursos naturais.
A água é o bem natural mais precioso e valioso que pode ser encontrado no planeta Terra. Seu uso inconsciente ao longo dos séculos fez com que o nível de água doce, própria para o consumo humano, diminuísse de maneira alarmante em todo o planeta. Ambientalistas acreditam que a falta de água potável pode ser o grande responsável por disputas territoriais e conflitos entre nações no próximo século.
Você já imaginou o que seria da humanidade se as reservas de água secassem? Bem, não é preciso ir muito longe ou mesmo criar teorias. Há poucos anos, os reservatórios da maior cidade da América Latina, São Paulo, apresentaram níveis alarmantes.
Medidas emergenciais e campanhas milionárias para conscientizar a população a poupar água foram criadas. Porém, depois do susto, velhos hábitos como o desperdício e o consumo excessivo de água potável pareceram voltar com força total à rotina dos lares, empresas e comércios.
O sistema de reúso de água, assim como a captação da água da chuva, são ações que necessitam ser adotadas e difundidas em toda a sociedade. É um caminho inteligente, que não demanda grandes investimentos e que em médio prazo resulta em retorno financeiro garantido aos que adotam a medida.
Dentre as principais vantagens e benefícios do tratamento de água em lava-rápidos e postos gasolinas, destacam-se:
Talvez a economia no consumo de água seja a vantagem e a conquista mais óbvia quando pensamos em sistemas de tratamento de água. Mas, você já parou para pensar em números o quanto essa economia é real?
Estudos indicam que esses estabelecimentos conseguem economizar até 60% no consumo mensal do gasto com água. Uma redução significativa não só na conta do fim do mês, mas que também beneficia o planeta.
Outro fator que merece destaque: existem sistemas que, além de filtrar a água usada para a lavagem de veículos, incluem uma cisterna para a captação de águas pluviais (chuva). Eles conseguem uma redução ainda mais significativa no consumo de água, valor esse que pode chegar a 80%.
Ora, se é possível economizar 60% do consumo de água mensal, logo, é possível também economizar no gasto com a conta do serviço de água. O valor investido na instalação do sistema pode ser recuperado, justamente, por conta desse gasto reduzido mês a mês.
Com o valor poupado, é possível investir em melhorias no ambiente de trabalho, sua ampliação ou até mesmo na contratação de mais mão de obra.
O tratamento de água para reúso ocorre de forma automática e inteligente, o que faz com que tudo aconteça automaticamente conforme a pressão de água é liberada. Logo, os funcionários responsáveis pelo serviço têm mais liberdade para trabalhar de forma eficiente, completa e sem a preocupação sobre o gasto de água causado.
A dinâmica em postos de gasolinas e lava-rápidos se torna mais natural, rápida e, obviamente, o resultado final que chega ao consumidor é melhor. Esse é o tipo de prestação de serviço que chama a atenção, garante clientes fiéis e atrai olhares de novos consumidores e parceiros.
Muito além das vantagens que envolvem a economia de água e o gasto mensal com a conta de água, outro ponto merece destaque é o marketing verde.
Uma empresa que investe em um sistema de reuso e tratamento de água – elemento cada vez mais escasso no planeta – consegue atrair olhares positivos por parte de seus clientes e servir de modelo e referência para a concorrência.
Não é necessário muito investimento com estratégias de marketing ou mesmo campanhas que visem divulgar o uso de água de reúso para a lavagem de carros. Porém, é importante destacar isso entre os clientes, nos informativos espalhados pelo estacionamento e, claro, nas redes sociais.
Um trabalho eficiente, organizado e que leva um carimbo verde envolto de sustentabilidade consegue trabalhar por si só. Ou seja, os próprios consumidores irão fazer o famoso “marketing boca-a-boca” e atrair mais consumidores para o seu negócio.
Para que um posto de gasolina ou lava-rápido possa aderir ao sistema de tratamento e reúso de água é importante, primeiramente, procurar empresas e profissionais devidamente qualificados da área.
Não é possível comprar o maquinário necessário e fazer a instalação sozinho e sem orientação ou supervisão de um profissional para tal. Logo, procure por empresas sérias e com boa reputação no mercado e solicite um orçamento, além de detalhes sobre o funcionamento, instalação e manutenção do serviço.
O sistema que realiza o tratamento de água para reúso pode ser visto da seguinte forma:
Captação preliminar – Separador de impurezas – Tratamento químico/físico – Armazenamento
Captação preliminar – é o primeiro passo quando a água entra no sistema de captação de água. Aqui, serão separadas as partes líquidas das sólidas como areia, argila, corpos estranhos (pedras, folhas, galhos). É a porta de entrada do sistema e onde ficam os elementos mais grosseiros e visíveis.
Separador de impurezas – depois que são retiradas as partículas de areia e demais elementos, a água passa para o processo de eliminação de outro tipo de impureza: o óleo. A separação de água e óleo não emulsionado é um dos processos mais importantes no tratamento da água. Ela garante um líquido mais limpo e com a qualidade necessária para realizar a lavagem e limpeza de autos, sem comprometer a qualidade do serviço ou a integridade dos veículos.
Tratamento químico/Físico – nessa parte do processo de tratamento é realizada a desinfecção da água. Com o uso de pastilhas de cloro, é realizado o processo de alcalinização da água, eliminando poluentes minerais, resíduos sólidos, matérias orgânicas, cor, odor, bactérias, sólidos coloidais e sólidos em suspensão.
Armazenamento – a grosso modo, aqui seria uma espécie de caída d’água onde a água armazenada e já tratada fica armazenada até ser usada. O tamanho da cisterna que irá fazer o armazenamento da água de reúso vai depender muito da necessidade do estabelecimento e do seu fluxo de trabalho diário. Por isso, é fundamental que profissionais especializados analisem cada cliente para que o melhor serviço seja indicado para atender as reais necessidades de maneira personalizada.
É importante ressaltar que a água de reúso NÃO serve para consumo humano. Apesar de voltar com qualidade suficiente para ser usada na lavagem de carros, calçadas, fachadas de prédios etc. A água de reúso não é potável e não apresenta condições boas o bastante para ser consumida por pessoas ou animais. Por mais eficiente que seja o sistema de tratamento e filtragem, ele é indicado e deve ser usado apenas para o seu fim primário.
É possível reaproveitar em torno de 70% da água usada na lavagem de carros, ou seja, para cada carro, moto ou caminhão lavados, o sistema consegue filtrar, retirar o óleo de demais partículas impuras da água e armazenar para reúso até 70% da água gasta.
Pare e idealize um dia inteiro de trabalho: quantos mil litros d’água é possível poupar usando o sistema de reúso e tratamento de água? Ao final no mês, quanto você conseguirá economizar no seu fluxo de caixa?
Não. Em ambos os estabelecimentos são usados o mesmo sistema de tratamento de água. O que pode diferenciar um local de outro é, muitas vezes, o tamanho da estrutura montada no local.
Para que o sistema funcione de maneira eficaz e cumpra seu papel primordial – a economia de água – é preciso que seja instalado o sistema de armazenamento e captação de água correto. Isso significa que deve ser instalado um sistema que consiga atender bem a demanda da empresa sem gerar transtornos.
Por isso, é preciso contratar uma empresa responsável e de confiança, pois ela deverá sugerir a opção mais adequada para cada caso e situação.
Sim. É recomendado que haja uma manutenção mensal preventiva para evitar que peças sejam desgastadas ou mesmo para que se possa comprovar que todo o sistema continua funcionando de maneira adequada, sem quaisquer falhas que possam vir a prejudicar suas etapas de funcionamento: captação da água, filtragem, armazenamento e reúso.
Os valores para instalar o maquinário necessário para o tratamento da água pode variar de região para região. Falar em valores é um pouco complexo, pois envolve diferentes fatores como: logística, mão de obra especializada para a instalação e até mesmo treinamento do quadro de funcionários do estabelecimento e, claro, fatores de incentivos fiscais de cada município.
É importante ressaltar que o proprietário estará fazendo, na realidade, um investimento a médio e longo prazo. A economia gerada ao longo dos meses se mostrará muito maior e será sensivelmente sentida ao fechar a contabilidade anual de gastos e lucros da empresa.
Durante a seca que pairou no estado de São Paulo em 2015 – com a redução dos níveis de água de seus principais reservatórios, responsáveis pelo abastecimento da capital do estado e, também de cidades da região metropolitana –, foi criada a Lei Municipal de nº 16.160.
Tal Lei estabeleceu que todos os postos de gasolinas e lava-rápidos da cidade seriam obrigados a adotarem o sistema de reúso de água. Tais adaptações feitas na época, e que permanecem até os dias atuais, indicam que todo sistema de reúso e tratamento de água deve obrigatoriamente seguir as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Os estabelecimentos que não cumprem tal lei levam multa no valor R$ 1.000,00 e, em caso de reincidência, o local corre o risco de ter suas atividades interrompidas até que tudo seja devidamente regulamentado e checado pelos órgãos responsáveis. A ideia, desde então, foi adotada por outros municípios no interior do estado de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
E então? Você tem alguma dúvida, dica ou gostaria de compartilhar conosco sua experiência com o sistema de reúso e tratamento de água em lava-rápidos e postos de gasolina? Não se esqueça de nos deixar um comentário e de compartilhar nosso artigo em suas redes sociais!